“Um dos fundamentos das formas clínicas da Gestalt-terapia é o corpo integrado, com experiências integradas e assimiladas, enquanto presença cocriadora em cada momento de contato no campo. Tudo o que compõe o campo, como estrutura instituída, potencialmente constitui fundo para a maneira como capa pessoa, corporificada, constrói suas percepções e experiências no e do mundo. Esse corpo integrado também se refere ao corpo de psicoterapeutas, cujas origens sociais e culturais precisam vir à tona de forma consciente, consistente e responsável, uma vez que compõe as configurações sempre atuais do campo clínico. Este olhar pode ser pensado como uma verdadeira encruza: aquele lugar existencial que questiona os dogmas de verdade tida como indiscutível, auto atribuído pelas culturas ocidentocêntricas e mantido a ferro e fogo – ou a bala, negações, apropriações e silenciamentos – por quem delas descende”.